quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

* in O Livro da Papoila

Largas as linhas e as esferas ardem, sangram, os pensamentos dentro do que eu sou imitando a agitação que ao cativeiro irrompe.
Eu, a grande paisagem. A lua. Um estado selvagem. Um terramoto libertando-se de tudo o que não é alma.



Luísa Demétrio Raposo

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A fuga não pode ser da escrita um resultado




Tenho a escrita e a escrita é o meu único corpo, um corpo pleno em alacridade, do escarlate ao ruir fundo que humedece e entorna palavras no mundo num recamar de paginas e que sem o saber, é o sepulcro onde no abaçanado eu sou, a rebeldia exposta à assimetria.

Luísa Demétrio Raposo

**foto. Joel-Peter Witkin