Em escrita é preciso explodir em decurso a caligrafia que narra pela página o órgão empunhado que emerge íngreme lá ao fundo, e tanto pode ser másculo ou feminil, dentro das mãos do escritor tudo é andrógeno. A escrita surge sempre do deserto, do coito entre as centenas de diálogos que guerreiam lado a lado a primitividade que ao respirar arranca vertigens aos genitais, e juntamente ao corpo escrevem.
Luísa Demétrio Raposo
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