terça-feira, 11 de agosto de 2015

Amaia numero um

Os corpos em chamas movem astros para conceber luz. Do coração, outro cresce e entornam-se debaixo da carnagem. O vermelho atravessa-os. A floração acende, a vibração a abertura. O Sol exala e solta a Lua, o quadril forte e largo na mulher, um porto alegre. A terra alta. O ventre é uma fonte insaciável, lá onde os astros e os sexos ganham aura e águas, ao longo de intensos batimentos másculos parados e unidos ao longo de intensos batimentos feminis em oração, e se manifestam aos corações, quando o corpo uno ao universo se reproduz na magnificência em orgasmo.

Luísa Demétrio Raposo

* foto Egon Schiele

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