quarta-feira, 8 de julho de 2015

Na insubordinação dos meus dias, estou só e exilada do meu sentir, só.
Só e obtusa, na violência emaranhada, o juízo dúbio, a destilação escarlate. O silêncio o monologo esconderijo onde os meus partos anárquicos suturam triângulos e saltos em atmosferas estuantes.
Estancada. Desarticulada. Mortiça, a cor confusa que plaina a gravitação.
Grito, encarniçando o sangue irresoluto. O desespero, a massa do silêncio, o ar que reúne alcateias na tentativa de libertar a tempestade...
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Escuto-me em circunvalação. A voz tecla… o hálito vertical.
A profundidade corta à boca a respiração.
Estátua de sal.
Estarei morta e não dei por isso?





Luísa Demétrio Raposo

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