O caralho é a caligrafia que na página vincula os enliços
abstratos do sexo-escritor.
Apalpam-se os testículos e um caralho imenso atravessa as...
paredes para penetrar buracos atulhados de teias e os cardumes
de bocas que fodem malevolamente todos os pentelhos negros
que se distendem por um sexo teso.
É o cavalo refluxo que fulgura descentrado os quadris
amontoados do corpo, repulsando felpos dispostos de entre as
abóbadas do caralho que procria aleivosamente as gerações
futuras de humanoides de entre o dilúvio do sémen.
A minha vertigem, a enzima, o casco, a liana, onde as gigantes
limalhas antípodas arrancam os nós radiosos de todos os porquês.
O circular, anárquico, que pulsa e repulsa de entre os sexos que
afloram expansivos de entre os coitos.
No livro onde o corpo se esconde desterrando as escarpas do
medo, da fúria, do prazer, irregular que revela o medo. O cerco,
do falo, na existência, do encontrar, na hibernação, o pousio, dos
flávios destruídos nos minutos, no tempo que atravessa o ar e
retoma a imagem.
Sob cópula: o rugido, o ensaio, o fascículo, o escaparate, a
brochura interminável da escrita que estou prestes a atolar
descontinuamente nas pegadas do texto nómada, que segue
viagem pelas palacianas palavras onde imperiosamente se
constrói a minha intimidade.
**do meu livro Vermelho Al Mojanda
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