domingo, 27 de dezembro de 2009

Dezembro

Na escrita de uma mulher desvairada nevam letras descacadas e apresenta-se Dezembro...




Fecho os meus olhos nos dias, na minha janela. Roda o mundo lá fora em estranha ventania.
Cala-se o eco da cotovia. A tua ausencia é palavra anunciada.
Chegou a Invernia!
Papoila, de vermelho nu, dormes ao relento nesta frase desbotada.
Solidão, a minha que corre na lentidão afogada.
Zune... Zune... Zune...
Zune o vento na palavra seda que alumia a mão redonda, crispada.
O ar bruto das manhãs frias perfuram-me as arrefecidas internas.
Está frio no sopro das passadas. Nas palpebras das minhas pegadas, no sonho branco e severo das longas madrugadas.
Alentejo labareda, és agora, mais frio que os pés de uma pedra.
Há um poema que bate contra o vento. Os ees da chuva escorrem por detraz da cortina.
Está longe o silêncio da Primavera. A noite é tempo, uma dama gelada, branca como as palavras que requerem silêncio. Noite maga, vicío ou sono longo...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Night Calls



Vem a noite, a atmosfera respira reticências...
...de repente as letras são crinas e ao som delas as maçãs dão tempo...
A cidade come figos e as pêras ganham asas, o pensar.
E Eu...
Sou o poema lavrado pelo canto duma garganta em divagação, tão ardente como urtigas...»

*foto retirada da net

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Novembro



Teu nome é negro, a chuva essa abre-te os dias, as horas comem-te na noite!
Traças linhas no esquecimento simplesmente porque nunca falas com ninguém.
Os matos estão agora incompletos, as folhas da melancolia que outrora já foram luz, astros.
Existira coisa mais forte que a loucura?
É somente o pensamento que se verga ás tuas noites frias, nasces da melancolia e arrebatas-me na tua forma severa e arguta, inteiramente se abre em ti um tempo, um sol simples, ou um renascer de coisas magnânimas e espíritas.
Novembro é segredo e só se aproximam de ti se for em murmurio, falo-te por mim que sinto que o desejo é uma fruta muito secreta...
O vento soão é o som onde começa o perpétuo Inverno.
Olho-te atravéz de palavras e tu cegamente abraçado ao abstrato onde as minhas pálpebras se afagam sob a tua intensa profusão celeste...
Olhas-me nas palavras completamente vivo no teu movimento entre laços. Batidas soam ao longe no silêncio onde os lânguidos amarelos se movem nas pequenas espadas dos raios.O sol de Novembro é um vivo coração de poema.
A fruta faísca, cheiram as castanhas...



*foto retirada da net

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Nudez do Nu



Nu um Olival cor de cinza
Nua a amargura,
Nua é minha loucura,
E só ela me cura.
Nus os passos inseguros,
Imprudentes,
Imaturos.

Nuas são as horas ,
Lentas,
Solenes,
Nuas, caem acumulando o passado...

Nua é miséria,
A violência,
Imprudência,
Nua, a serpente que hipnotiza uma fuga...

Nuas são as pedras,
Nuas as raizes,
A luz dos raios,
Nuas as maças,
Os piteirais,
Nuas, sensuais as Româs...

E só se vestem,
No mundo,
Envergonhados,
Os nus desabitados...


*foto retirada da net

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Amar! Amar!



Eu,
hei-de voar mais alto
que as estrelas,
Abraçar o mundo
com meus braços,
Rasgar infinitos
em amplas janelas...
Caminhar,
muito no Além dos espaços !

Perder-me em infìmos
e mágicos matagais,
Onde os lobos uivam
á noite gritos infernais !...
Sombras,
no verde dos olivais ,
Cantar dos teus olhos,
no gorjeio dos pardais !

Eu e Tu!
suspirando gritos! ...
(Vagas enamoradas)
flutuam ao som do vento .
Palácios e estrelas,
ao longe os infinitos!...
Juntos...
Sempre!
Em pensamento!...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cai Chuva na Minha Janela...



Olho pela janela no alto do meu quarto e penso nela, na chuva que cai lá fora baixinho e que inunda a minha janela, aquela mesma onde eu me sinto, onde por força de um breve olhar encosto as palavras ao meu pensar antes de escrever aquilo que no papel vou descrever.
Mas nem sempre chove naquela que é a minha janela, por vezes sobe nela a noite, deito-me com ela sem pensar no que procuro dizer, deito-me e olho para a minha janela a recordar quando desce a chuva por ela, onde por força de um breve olhar eu me deleito e encosto palavras ao pensamento antes de escrever no papel o que incomoda o sentimento.
A natureza o que tem de cruel tem de bela e eu tenho por habito ver crescer o tempo lá no alto do meu quarto atravez da minha janela onde me sento a escrever versos num imaginar, onde as palavras se passeam em silêncio a pensar, muito antes de se deitarem num ou outro papel onde mais tarde as irei escrever...
Mas hoje para minha surpresa chove baixinho lá fora,caí miudinha naquela janela que dentro de mim mora, caí com saudade e na saudade a mesma que me encosta ás palavras, muito antes de as pensar juntar ao pensar.
Há em mim uma magoa que paira á tona da água e eu escrevo hoje aqui e agora, cai chuva lá fora, cai chuva na minha janela...


*foto retirada da net

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Fantasias...



Em noites de muita paixão fui tua!
Cadência de soluços e de gritos.
Os teus braços... Infinitos!
Minha boca te beijou, nua ...
Fogueira a esbrasear que me consome...
De ti tenho sede... De ti tenho Fome!


Eu que por ti andei muitos caminhos.
Meu olhar, faminto, de amante!
Um dia vou crucificar-me nos espinhos.
Quando meus olhos forem, de novo, teu mirante...


Corpus unnis se desejam .
Hei-de dar-te esta boca,que é só minha!
Lábios de rosa te beijam...
No mesmo Luar que um dia te beijou....
Onde as minhas garras de poetisa, te prenderão...
Num longo mas apaixonante voo...

*foto retirada da net

Eu! Quem sou Eu!?



Quem sou ?
- Nem eu própria sei!...
Por entre a imensa planicie,
Já me procurei,
Nasci dor magoada...
Em luto permanente...
Não sinto ,
Não vejo o mundo como toda a gente!

Perco-me por um sentimento...
Perco-me em mim....
Vendavais submersos,
São meus no pensamento!...
Num cavalo as rimas,
Ecos meus, pedaços de confim...
Meus braços... noites ao vento...

Solidão, alma minha!
Poente de loucura!
Onde vagueio perdida,
Sácramente incompriendida!
Sou a que me persegue.
Num sentir profundo...
A que nasceu diferente,
De todo o mundo!...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cálice de Porto



Solto de corpo, forte trago posto a nu!...
Displicente,
Um cálice de Porto.
Aquele a quem não minto, onde o sentimento de mágoa é simplesmente um acto de esquecimento;
Esqueço quem sou, esqueço quem tu és e ambos esquecemos o que aqui estamos a fazer, fundes a minha ilusão, tornaste a ilusão, sendos meu vives a história como um dramaturgo que em mim adormeceu e sonha que está a viver o seu próprio final amargo e doce, sabendo que o fim inebriante, escorre devagar gole por gole pela garganta acariciado, submisso, envergonhado, absorto... meu cálice de Porto;
Mais que o melhor dos néctares, a minha boca seca num querer , num trago fundo, só pelo raro gosto do vicío, o teu cheiro, o teu sabor preciso de veludo na maciez que vem da boca, da somente minha siena e pálida embriaguez...



*foto retirada da net

Que Te Importam as Palavras?




Sabes,
Há momentos amargos, momentos de nos sufocar em silêncio ou numa revolta.
É impura toda mudez, a voz que se cala constantemente.
Recordo-me...
Da vastidão imensa, da firmeza que teus olhos em mim espelharam e em toda a tua modestia, quando, mais de uma vez, com a tua frieza perversa... O teu abnegado desamparo simplesmente me derrotou e me venceu...
As noites que sozinha passei, passadas e repassadas num enredo confuso e desesperativo, numa longa espera, uma interminavel esperança dificil...
A tua infinita mudez traçou meu destino, a mudez essa tua confidente, sempre povoada de sombras, incertezas...
Sempre estou aquem de ti, sempre além...
Que te interessa?
Amor?
Talvez... Hipótese de sonho.
Há um silêncio por ti imposto e noutro eu repouso.
Silêncios dissipados...
Os da liberdade do teu olhar aceso...


* foto retirada da net

Ode á minha Cidade



Portalegre ,
Onde o Vinho forte
perfuma as violetas...
Num grão de milho
o eco das noras,
Nos longes...
no passado...
noutras horas!...
E nos versos de amor
as saudades dos teus poetas...

Pairam andorinhas,
Pairam ao Rossio
num Plátano verde e agreste...
E o silêncio que poisa breve
nos teus antigos beirais,
Aquele que dá voz ao muro
num pedaço de Castelo...
E as Papoila rutilantes
dos teus já velhinhos aventais...

*foto retirada da net

Portalegre Minha Cidade

Portalegre minha cidade, aquela que o sol claro no Inverno por vezes entenebrece, nasceu um dia dentre Serras de xisto e granito, separados afloramentos de Quartzitos, entre densos coutos e olivais...
Numa beleza sem igual, em Portalegre minha cidade existem casas do tempo feudal com janelas cheias de sol nas vidraças, onde moram gentas boas e cheias de graças.
Portalegre é a cidade que me viu crescer, vi-me um dia em suas ruelas percorrer caminhos e trilhos , num momento divino quando elegantemente no seu porte fino despertou em mim a volunptuosa Sé...
Cidade Alentejana de mil requintes, airosa repleta de calçadas, primordiosas de muito saber, aquando percorridas naquelas tardes ardentes de Verão e se consegue sentir o coração das pedras a bater...
Bonitas frontarias, algumas de arcadas em granito, descendo a rua Direito até ao Jardim do Infinito...
Por minha bela cidade, um dia o Régio tal como eu se apaixonou, morou em ti e num dos teus belos solares habitou e para sempre seu Cristo lá nós deixou...
O verde dos teus campos é dominante, a Serra íngreme que rompe horizonte, por vezes tempestuosa, que nas noites quentes fica linda, toda luminosa...
Numa aguarela o criador em ti se debruçou, desceu a encosta e uma linda cidade é hoje pérolas que
Cristo um dia chorou...

A Nota Desprendida



A noite já dorme na planicíe encostada tal e qual o meu sonho de paz e esquecimento, junto ao luar sentei-me tristemente, trágica voz rouca do vento que passa por mim levando o meu inconsiente imortal...
Ermos os pensamentos que em mim se rasgaram, no teu mundo onde por vezes te desesperas, entre sombras e quebrantos, feitiços e encantos...
Sei, sim eu sei que teu coração se arma em valente numa humilde fé, numa esperança de sentir um reflexo da minha alma na tua...
Longo foi o tempo em que a cegueira ignorei e em ti acreditei, num tédio extremo, num viver que foi magoa e tu não sabes o quanto doí a certeza de um espiríto enublado... Só quem ama entende.
Atravessei o escuro, um mundo estranho, atravessei a dor e a magoa, aceitei o meu queixoso e incerto sentimento por entre formas da noite com quem por vezes ainda hoje falo.
Sei que não entendes, nem nunca entenderás o quanto por ti me engolfo ainda hoje no nocturno mundo...
Interrogo o infinito e choro na convulsa de um tormento saltando num soluço magoado e fundo...
Mas para além desse meu vacúo tenebroso existe a luz bela da vida, ampla que emerge a custo desse meu mundo morto mesmo quando o pensar me leva até ao absorto...
Vem a ilusão e quebra todo o meu vazio universal...
... e termina ali o meu pequeno ser e renasce num olhar toda uma suavidade natural...

* foto retirada da net

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Carta II




Estreita é a linha do prazer, o mesmo prazer que só pede à vida o desejo de um amor infinito e profundo e nem no pôr do sol se perde a cor dos teus olhos...

Amar-te!

Quero-te!

Amo-te!...

Sim!

Amo-te de forma viva e quente, que a sedenta fome penetre em mim esse teu ser, todos os delírios e todos os desejos( e não quero só beijos) encher meu peito com os teus braços, (meus olhos a arder) da tua boca sangram os meus beijos, trementes, coisas, um céu de poesias puras e ardentes...

Morde-me na carne o sentimento, tua alma que incendiou a minha fera...

Morde-me toda aonde geme a minha negra pantera ...
E numa orgia flutuante bebe no meu seio este meu apaixonado sangue!

Serei tua!
Devassa e nua!...

Nos raios vaporosos, o fogo, a aurora rumorosa e repousada com teu nome escrito em clarões silenciosos...

Dados ao ar, sabias que os prazeres só são gerados na fantasia e é no imaginar que a mente humana a miragem cria, é a lei de um aspirar imenso, num foco intenso...

E não é imortal o que eu em ti adoro, o mundo é tão grande meu amor e a esta ânsia me aconselha...


Beijos desta tormentosa e somente tua paixão!


* foto retirada da net

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Carta I



Só a água geme nos buracos e as pontadas de fogo pulsam nos rostos.
Na escuridão do meu relento, branco silêncio, sem olhos onde apenas se ouve o lento trabalho do hausto que bate lá no fundo.
Existem bocas que falam por muitas outras bocas numa inocência atroz, onde habita a floresta irrefletida... põe nela a tua mão e molha, destinge o sonho a delicadeza, toda a tinta entornada.
A doçura por vezes mata e salta ás golfadas e tu sabes que o tempo tem a sua inclinação perigosa, aquela que se deita no poema e se toca, dando à pata nos remoinhos primarios para um tesão interior...
Fecho os olhos, e sinto outra coisa enorme, atráz desta há outra ainda maior, outro desejo maior, há pensares que é preciso afundar logo noutros ainda maiores...

*foto retirada de net

Carta I

Só a água geme nos buracos e as pontadas de fogo pulsam nos rostos.
Na escuridão do meu relento, branco silêncio, sem olhos onde apenas se ouve o lento trabalho do hausto que bate lá no fundo.
Existem bocas que falam por muitas outras bocas numa inocência atroz, onde habita a floresta irrefletida... põe nela a tua mão e molha, destinge o sonho a delicadeza, toda a tinta entornada.
A doçura por vezes mata e salta ás golfadas e tu sabes que o tempo tem a sua inclinação perigosa, aquela que se deita no poema e se toca, dando à pata nos remoinhos primarios para um tesão interior...
Fecho os olhos, e sinto outra coisa enorme, atráz desta há outra ainda maior, outro desejo maior, há pensares que é preciso afundar logo noutros ainda maiores...

Deitei-me num Poema

Estou deitada num poema, deitada de costas com a poesia á beira duma treva, com a boca que o emudece e com o sexo negro quieto a pensar...
Estou deitada entre os cravos rotativos do mês atravessado pelo movimento...
Mexo os dedos, mexo a boca e sinto o respirar monotono de uma língua entre os osso...
E fico deitada, somente o meu silêncio pensa...
... num pensar batem, sobem, abrem , fecham as palavras que violentamente gritam à minha volta e sobem as escadas da minha intímidade...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Palavras são Mortalhas



Matei-me á sombra de um rochedo macilento,
Constelado espaço, à chuva e ao vento...
Enterrando-me nele com o meu tormento!
Só meu espirito ainda vive,
Num fixo inexorável pensamento...


Ao alto de uma charneca ouve-se;
A minha voz secular e aflitiva!
Meu vulto inulto que passa,
No grito da alma aqui cativa!...
Como se eu ainda fosse alguém,
Como se ainda fosse, luz de dia, vida !

Na inominada luta de ninguém!
Alma vasta que em fogo se embriaga!
Pudesse eu ainda arder no incêndio de alguém!...


* imagem retirada da net

terça-feira, 7 de abril de 2009

Adeus!

Liberdade,
vem quando se deixa o amor partir...
Evolução,
começa quando aprendes a dizer não!...
Eu,
era a tua fortaleza...
Tinhas que a destruir!...
Perdestes o amor deste coração!

A dor...
... é sempre um aviso que algo pode acontecer...
Nada mais
em mim poderei perder...
Tu
fostes lição que me fez crescer...
Deixei de ser menina,
Sou Mulher...


Nada
leva o passado para longe como o futuro...
Apenas a luz
consome as brumas do escuro!...
Aqueles que mais amei
são os que me esquecem...
Mas se isso acontece
é porque não me merecem!...

Quem sou?

Quem sou ?
- Nem eu própria sei!...
Por entre a imensa planicie,
Já me procurei,
Nasci dor magoada...
Em luto permanente...
Não sinto ,
Não vejo o mundo como toda a gente!

Perco-me por um sentimento...
Perco-me em mim....
Vendavais submersos,
São meus no pensamento!...
Num cavalo as rimas,
Ecos meus, pedaços de confim...
Meus braços... noites ao vento...

Solidão, alma minha!
Poente de loucura!
Onde vagueio perdida,
Sácramente incompriendida!
Sou a que me persegue.
Num sentir profundo...
A que nasceu diferente,
De todo o mundo!...

sexta-feira, 13 de março de 2009

Brumas

Dor profunda e melancolia no palavrear canejo.
A dureza da vida é sempre uma constante.
A coerência em plena ruminação corrompe a minha agonia.
Trocista é a mentira imaginária no meu mundo de ilusão.
Taciturno, é o negro na noite metamorfesiado,
Sereno, afónico, calado...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pedra nua



Deusa nua!
À chuva,
Ao vento,
À Lua!
Um olhar insinua...
Perdidamente,
Nua placidez...
(de monte em monte),
Tua nudez,
gargalhar de afronte!...

* foto retirada da net

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Amar! Amar!



Eu,
hei-de voar mais alto
que as estrelas,
Abraçar o mundo
com meus braços,
Rasgar infinitos
em amplas janelas...
Caminhar,
muito no Além dos espaços !

Perder-me em infìmos
e mágicos matagais,
Onde os lobos uivam
á noite gritos infernais !...
Sombras,
no verde dos olivais ,
Cantar dos teus olhos,
no gorjeio dos pardais !

Eu e Tu!
suspirando gritos! ...
(Vagas enamoradas)
flutuam ao som do vento .
Palácios e estrelas,
ao longe os infinitos!...
Juntos...
Sempre!
Em pensamento!...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Alma inquieta...



Não serei livre por o ser apenas?
Nos meus limites mais individuais
A liberdade de um é a dos demais...
Travo batalhas grandes e pequenas,
Paixão,a quantas penas me condenas?
Penas minhas, a que paixão me subjugais?
Por vezes sob vários pensamentos brutais
A poesia se exprime em palavras serenas...
Queima de forma intensa e má
Ansia, na solidão intima de ir embora
Sozinha, (coração ardente chora)
Saudade
sempre maior por onde quer que vá...
Deste forçado exilio,pesa o abandono
Às negaças voo e minhas asas corto
Ser inteira é viver num desconforto?
Pensamentos
de que não sou dona,
Mas, rejeita-los seria viver morta!

* foto de uma pintura de Frida Khalo, retirada da net

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009



No mundo é extremamente dificíl encontrar alguém feliz, ninguém têm as condições necessárias para ser feliz...
A primeira regra, que eu própria aprendi;
Temos de abandonar em primeiro lugar todas as comparações;
Abandonar todas as ideias estupidas de se ser inferior ou superior;
Nós não somos inferiores nem superiores, apenas somos nós próprios e não existe ninguém no mundo como nós, ninguém com quem possamos ser comparados...

A Natureza Humana não produz pessoas especiais, produz pessoas únicas, todos somos únicos.

* foto retirada da net
* In " Temporal e Transcendental "
Luisa Raposo,
(Textos Espirituais)
Todos os direitos reservados

Vida



Vida...
Vida é energia!
A vida deve ser vivida em todas as suas dimensões.
Não podemos viver demasiado á esquerda porque é demasiado vazio;
Não podemos viver demasiado á direito porque é demasiado vazio ;
E viver no centro é o mesmo que estar morto!
A nossa vida consiste em extremos, um tensão entre opostos, logo estar no meio significa estar morto.
O centro apenas existe teóricamente, só lá estamos simplesmente de passagem...
Quando o ser humano está vivo é um movimento constante, um fluxo e um refluxo...
A vida traz uma dor muito grande, e traz tambèm um grande prazer, a dor e o prazer são as duas faces da mesma moeda, vivemos num mundo dual, o positivo e o negativo estão juntos pela própria natureza, são a mesma energia o segredo consiste em aceitar ambos, o segredo é incluir tudo na nossa vida, ser tudo...

* foto retirada da net
* In " Temporal e Transcendental "
Luisa Raposo,
(Textos Espirituais)
Todos os direitos reservados

Eternidade



Eternidade, vive comigo, subjacente a toda a existência fisíca.
A ilusão do tempo diz que percorremos uma linha recta desde a nascença até à morte, nós encontramo-nos dentro de uma bolha de espuma libertada pela eternidade...


* foto retirada da net
* In " Temporal e Transcendental "
Luisa Raposo,
(Textos Espirituais)
Todos os direitos reservados

domingo, 18 de janeiro de 2009

Cravo Vermelho,
que a noite nos nega,
Desassossego, sossega,
o amanhã anda por perto
Porque é que a Rosa nos cega?

Onde a lei é só dominar,
A virtude do Povo, é precária!
Humana nossa sorte é vária...
Mais importante que a cor mudar
Quanto mais seja contraria...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Mensagem II



Todas as linhas do meu rosto, contam uma história, quem eu sou, tantas e tantas histórias sobre onde eu estive e aquilo que eu sou...
Escalo montanhas, nado no teu verde oceano, trespasso linhas e quebro todas as regras morais e imorais...
À voz do vento arfo e por ti me deploro, no rio do teu sorriso me abandono e ainda hoje corro, a cada palavra da tua boca que clama pelo meu socorro, algo em mim por impotência me prende (o goro)...
Tu, não vês o sorriso na minha boca, a minha vontade limita-a como louca, escondendo palavras que teimam em não sair...
E pensar que todos me acham abençoada,(não) eles não sabem que minha cabeça é uma confusão...
Cada vez é mais negro, cada vez mais fundo, um desatino que de ti me separa, a voz teimosa dentro em mim erguida nos escombros, na rouqidão da minha pequenez...
A cada passo a tristeza deste entremez, a (minha) sorte é ignara, o peso duro das lágrimas na minha cara, e o chão fugidio aos meus pés...
Torno a interrogar-me (muda)
Quanto vale este meu sonho sem o teu amor, sem orgulho e sem a tua ajuda?

* foto retirada da net